G.I. Joe – Retaliação

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Eu gosto do primeiro G.I. Joe. Sei que o filme é ruim. Mas me divirto horrores com ele. Tem ruiva, uma das cenas de ação mais absurdas que já vi em toda a minha vida envolvendo um trem, ninjas e soldados usando armaduras estilo Homem de Ferro. O legal é que o filme é ridículo e tira proveito disso. Parece uma brincadeira de crianças. Considerando que é uma adaptação para os cinemas de um brinquedo, faz sentido.

Fez sucesso de público. A crítica nem olhou duas vezes. Reviews negativos aqui e acolá. Por motivos óbvios. Qual a solução do estúdio? Vamos trocar o diretor, que realizou uma franquia de sucesso estrondoso para a Universal alguns anos atrás (A Múmia), pelo cara que fez o filme do Justin Bieber. Trocar o elenco de jovens bem apessoados e simpáticos por um monte de músculos, uma gostosa aleatória e o Bruce Willis depois de chupar limão foi o próximo passo.

O absurdo divertido deu espaço para um tom mais realista. Ao invés de armas laser e armaduras de aceleração, temos um tanque/ferrari, balas que podem ser controladas por controle remoto e um substituto de armas nucleares. O plano de destruição global trocado por um plano de dominação mundial. Os ninja são mantidos.

Palmas para quem queria fazer um filme mais realista.

O primeiro G.I. Joe é ruim, mas esse é inaceitável. O filme é tão ruim, mas tão ruim, que parece um meme de duas horas de duração. O roteiro inexiste. Para piorar, estraga o fiapo que havia no primeiro.

Começa mais ou menos com a mesma coisa do original. Militares americanos sendo militares americanos. Surge a reviravolta do começo, que dá continuidade ao gancho do final do primeiro filme. Um dos cobras tomou o lugar do presidente dos EUA.

A trama vai se desenvolvendo sem sentido, tal qual no primeiro filme. De repente o Storm Shadow, que morreu no anterior, aparece. O roteiro nem se dá ao trabalho de explicar. Apenas mostra que ele está vivo e dane-se. Cinco minutos depois o cara pára duas explosões com as costas. O resultado: uma cicatriz minúscula.

Daí surge uma cena tresloucada com os ninja do bem treinando com o RZA de mestre narrando o background da história deles.

O RZA!

Esse doido é o mestre ninja do filme.

Esse doido é o mestre ninja do filme.

Ver o RZA de mestre ninja dando lição de moral lembrou o clipe Zica, Vai Lá… do Emicida. Já viram? Esperem até a parte em que o Neymar aparece e vão entender.

Acontece uma cena de ação maluca em uma montanha, talvez a melhor do filme, que termina com uma solução de Mulan, o desenho da Disney. Com a diferença de que em Mulan é legal.

Tenta dar profundidade para os personagens aqui e ali de forma vergonhosa. A mocinha quer orgulhar o pai. O galãzinho aleatório parece que vai ter um romance com ela, mas não dá em nada. O personagem do The Rock parece que não quer ser promovido, mas a história não explica direito e fica por isso. O Bruce Willis chupou limão demais, acho que esse é o background dele.

E o Storm Shadow nunca foi mal.

Nunca, mesmo depois de ter derrubado a torre Eiffel, matado muita gente, libertado o comandante cobra e feito o escambau. Não explica porque ele fez aquilo tudo, só explica que ele nunca foi mal. E de repente fala que ele tem um conflito com um dos vilões.

Para piorar eles conseguiram estragar o Snake Eyes. Ele é o ninja do bem que usa roupa preta. Que desviava de carros no ar no primeiro filme. Aqui ele tem uma cena igual a essa aqui do Mortal Kombat.

A pior parte é que a crítica americana está vendo esse filme com bons olhos. Um avanço em relação ao primeiro. Honestamente, não lembro do primeiro ser um desastre tão grande.

 

ALONS-YYYYYYY…

Sobre Vina

Publicitário frustrado, editor, cinegrafista, assistente e sonhador. Cinema é algo que não se entende completamente. Sempre se estuda.
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