Fugindo do Inferno

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Fugindo do Inferno é um filme que eu estava devendo. Desde que assisti Inferno na Torre virei fã do Steve McQueen. E saber que esse era o filme da famosa cena do arame farpado com a motocicleta me deixou ainda mais empolgado.

Logo no início apareceram os créditos com nomes como James Garner, Richard Attenborough, Charles Bronson, Donald Pleasence e James Coburn. Era um elenco dos sonhos para os anos 1960. Quando Hollywood estava enfraquecendo e seus filmes começavam a ficar ultrapassados.

Nesse meio surgiu um filme sobre um campo de prisioneiros de guerra na Alemanha nazista. Era baseado em fatos reais e contava a história da tentativa de fuga de 76 dos homens encarcerados.

Apesar de ser baseado em fatos reais e em um campo de prisioneiros real, o filme se permite ser bastante fantasioso. Todos os prisioneiros são simpáticos ao extremo, inteligentes demais, engraçados. Enquanto os nazistas são burros, antipáticos ou sem personalidade.

É maniqueísta, mas com nazistas isso não é um problema muito grande. Eles já são os vilões do mundo, né?

Apesar de o Steve McQueen ser o grande nome no filme, é o Bronson quem carrega o filme nas costas. O prisioneiro especialista em escavações de túneis que tem claustrofobia é uma construção impressionante.

Na sessão de Fugindo do Inferno ouvia-se com frequência o público vibrando ou torcendo pelos homens presos ali. Resultado de um filme climático e envolvente. O diretor John Sturges sabe filmar. A cena mais interessante é quando o personagem escocês perde o controle. Sturges demonstra visualmente como o personagem vai ficando desesperado aos poucos e decide cometer um último ato de loucura.

Por outro lado, a montagem é uma bagunça. Erros de continuidade bizarros, seja na fotografia, com atores mudando de lugar nos cenários, com direção de arte.

É um filme de três horas de duração. Com a última delas arrastada demais. Toda a diversão e movimentação do filme passa a ser sequências longas e desnecessárias. O Steve McQueen passa de moto perto da câmera umas cinquenta vezes sem que nada aconteça em nenhuma dessas vezes.

Ainda é legal. Mas deixou um gostinho amargo no final.

 

GERÔNIMOOOOOO…

Sobre Vina

Publicitário frustrado, editor, cinegrafista, assistente e sonhador. Cinema é algo que não se entende completamente. Sempre se estuda.
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