No primeiro filme dessa nova coluna. O que talvez seja a primeira ficção-científica do cinema. E por que não? A primeira ficção-científica é também uma fantasia. Acho interessante pensar isso em tempos que nerds discutem se Star Wars é de um gênero ou de outro com ódio e ranger de dentes. Eis que o curta de George Meliès, Viagem à Lua, é o primeiro filme do livro 1001 Filmes.
Meliès fazia encenações quase teatrais, com câmera estática, capturando os eventos como se estivessem em um palco. O que fazia com que fosse um gênio era seu apuro técnico. O cara usava truques e efeitos de câmera para criar suas magias estéticas. Colocava imagens sobre imagens, pintava a película, fazia cortes sobre posicionamentos de atores. Coisas que na época deveriam ser absurdamente difíceis de se conseguir.
Basicamente, um espetáculo de efeitos visuais. Uma aventura divertida feita para ser um grande sucesso. Talvez até possa ser considerado um blockbuster de seu período. Mas feito com amor pela magia e pela arte. Hoje é ultrapassado e lento, mas sem ele não teríamos os nossos tão divertidos e acelerados filmes de hoje em dia.
Para complementar: assistam A Invenção de Hugo Cabret, no qual o Martin Scorsese faz uma homenagem lindíssima ao diretor e ao cinema.
O filme em alta definição.
GERÔNIMOOOOOOOOO…
Aquela velha onda. 
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