Não queria deixar isso aqui.

O homem na foto acima se chama David R. Ellis e ele morreu hoje, na África do Sul, enquanto preparava seu oitavo filme como diretor. A causa da morte não foi revelada, mas o trabalho de Ellis deixará saudades.

Foi a pouco tempo, quando relia WE3, que pensei na franquia A Incrível Jornada. Filme clássico da Disney de 1962, ganhou um remake em 1993 e em 1996 uma continuação. Essa continuação foi dirigida pelo “estreante” David R. Ellis.

Estreante entre aspas porque Ellis já possuia uma carreira de aproximadamente 20 anos no cinema quando se meteu a dirigir o filme sobre os animais perdidos. Em 1975 David começou sua carreira de ator, um ano depois virou dublê, em dez anos acabou se tornando um requisitado chefe de equipes de dublês, trabalhando em filmes como Máquina Mortífera e Atração Fatal.

Em 1986, passou de coordenador de dublês para diretor de segunda unidade. No cargo, conduziu cenas grandiosas de ação em filmes como Jogos Patrióticos, Perigo Real e Imediato, Do Fundo do Mar, Mar em Fúria, Matrix Reloaded e Mestre dos Mares.

Quando conduziu A Incrível Jornada 2: Perdidos em São Francisco, Ellis era bastante experiente. O interessante foi o hiato entre o primeiro e o segundo filme, Premonição 2. Para falar a verdade é a partir deste ponto que a carreira de Ellis ficou conhecida.

Realizando trabalhos como Terror na Água 3D e Serpentes a Bordo, o dublê, assistente, ator e tudo o mais ficou conhecido como um diretor eficiente e rápido para filmes de terror adolescentes com bastante gore, nudez e pouca seriedade.

É uma lembrança injusta para uma carreira tão longa e importante na indústria cinematográfica estadunidense.

Por sinal, os três A Incrível Jornada foram filmes favoritos da minha infância. Não me atrevo a revê-los hoje em dia, mas ainda lembro com carinho de cada um, inclusive o de David R. Ellis.

Ele morreu enquanto preparava a adaptação do anime Kite para os cinemas. Samuel L. Jackson seria um dos atores. Não se sabe ainda se a produção seguirá em frente.

Uma das pérolas que Ellis criou.

 

R.I.P.